A Bíblia nos apresenta a vida de Moisés, o autor reconhecido do Pentateuco, quer dizer os 5 primeiros livros do Antigo Testamento. Principalmente no livro do Êxodo, nós descobrimos Séfora, a mulher de Moisés. Depois de fugir do Egito, Moisés se encontra na terra de Madiã, onde ele conheceu Séfora. Descubra o que as Santas Escrituras nos falam da esposa de Moisés e em particular o ato de bravura que ela realizou para salvar a vida de seu esposo.
Séfora é uma das setes filhas de Jetro, sacerdote de Madiã na época. Um certo dia ela ia ao poço com suas irmãs, foi quando conheceram Moisés que veio em defesa delas e deu de beber ao rebanho.
A Bíblia nos relata que quando Moisés chegou na casa do sacerdote de Madiã, ele deu-lhe Séfora em casamento (Êxodo 2, 21). Séfora é conhecida como a única esposa de Moisés, no entanto, no livro dos Números, nós encontramos uma passagem que diz: “Maria e Aarão criticaram Moisés por causa da sua mulher etíope.” (Números 12,1). Seu nome não foi mencionado, nenhum detalhe esclarece se essa mulher é a segunda mulher de Moisés ou refere-se ainda a Séfora.
“Ela teve um filho, a quem ele chamou Gérson, pois disse: “Tornei-me hóspede em terra estrangeira”. (Êxodo 2, 22). Séfora e Moisés também tiveram um segundo filho que chamaram de Eliezer: “O outro se chamava Eliezer, pois Moisés havia dito: “O Deus de meu pai veio em meu socorro e salvou-me da espada do faraó”. (Êxodo 18, 4)
“Durante a viagem, num lugar de pousada, o Senhor encontrou-se com Moisés e queria matá-lo. Séfora, então, pegou uma faca de pedra, cortou o prepúcio do filho, tocou-o nas virilhas de Moisés e disse: “Tu és para mim um marido de sangue”. E o Senhor deixou-o em paz, quando ela disse “marido de sangue”, em relação à circuncisão.” (Êxodo 4, 24-26)
Segundo este comentário, Deus quis matar Moisés pois ele não havia respeitado os termos da Aliança que impunha a circuncisão a todo homem com idade de 8 dias. Séfora então reagiu rapidamente circundando seu filho Gérson. Isso mostra a importância dessa lei na época e como Deus era intransigente com as regras da Aliança estabelecidas desde Abraão. A expressão “marido de sangue” era conhecida e servia para estigmatizar a circuncisão, chamando assim os israelitas, homens com os quais elas se casavam, significava ter de derramar o sangue de seu filho durante a circuncisão.