O que é adoração? Como adorar a Deus? De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, “Adorar a Deus é reconhecê-lo como Deus, como o Criador e o Salvador, o Senhor e o Dono de tudo o que existe.” (CIC 2096).
A ação de adorar é, antes de tudo, um movimento natural do homem para com o seu Criador, para com seu Salvador, como a adoração dos pastores, que reconheceram o Menino Jesus, o Filho de Deus. Existem diferentes formas de praticar a adoração: pelo louvor, pela adoração Eucarística, pela missa – no momento da consagração – ou em tempos específicos. Qualquer que seja a forma, trata-se de um ato de amor para com Deus “em espírito e em verdade”: amar e se deixar amar, unir-se e se deixar transformar.
Adorar a Deus é o primeiro mandamento:
Temos somente um Deus e é a Ele que devemos render glória, como encontramos nas tábuas da lei transmitidas por Moisés.
“Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirou do Egiro, da casa da escravidão. Não terás outros deuses além de mim.” (Ex 20, 2-3).
Devemos amar a Deus com todo nosso ser, como nos ensina Jesus.
“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento! Esse é o maior e o primeiro mandamento.” (Mt 22, 37-38).
Somente Deus pode ser o objeto de nossa adoração. Para os cristãos, trata-se do Deus trinitário e, portanto, as três pessoas da Santíssima Trindade as quais somos convidados a adorar: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Contudo, a adoração vai além de uma simples relação do fiel para com Deus. Ela tem um sentido comunitário, ela tem uma oração pelo corpo de Cristo em sua completude, pela humanidade. Jesus inclusive nos lembra: “Ora, o segundo [mandamento] lhe é semelhante: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo’.” (Mt 22, 39).
“A adoração do verdadeiro Deus constitui um acto autêntico de resistência contra qualquer forma de idolatria. Adorai Cristo: Ele é a Rocha sobre a qual construir o vosso futuro e um mundo mais justo e solidário. Jesus é o Príncipe da paz, a fonte de perdão e de reconciliação, que pode irmanar todos os membros da família humana.” (Papa João Paulo II, JMJ 2005).
Encontre cinco passagens bíblicas sobre a adoração.
A adoração é de ordem espiritual. É uma forma de dirigir-se a Deus (do latim ad orare: dirigir-se a…) de forma livre e pessoal, como talvez a meditação cristã, mas que se situa em uma forma de interiorização.
“Mas vem a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. Estes são os adoradores que o Pai procura. Deus é Espírito, e os que o adoram devem adorá-lo em Espírito e verdade” (Jn 4, 23-24).
Somos convidados a adorar em espírito e em verdade. Nossa adoração é, portanto, antes de tudo, guiada por um movimento de nossa alma para Deus. É uma forma de oração que não necessita de rituais, de formalidades, mas de uma autenticidade de coração.
Se a adoração pode apoiar-se sobre uma forma de contemplação (adoração do Santíssimo Sacramento), é sobretudo Deus que deixamos que nos contemple, na verdade daquilo que somos. O Senhor nunca está escondido, mas somos nós que somos chamados a nos expor a Ele, para nos deixar amar, curar e transformar.
Eis, a seguir, algumas formas de adoração da tradição cristã.
A adoração eucarística é a adoração ao Santíssimo Sacramento, ou seja, Jesus presente na hóstia consagrada. Durante a missa, na oração eucarística, o padre consagra o pão e o vinho que tornam-se – para os católicos – o sangue e o corpo de Jesus. Os fiéis são convidados a um ato de adoração ajoelhando-se, inclinando a cabeça e recolhendo-se.
Existem momentos de adoração, fora das celebrações, organizados nas igrejas. O Santíssimo Sacramento é retirado do sacrário e apresentado em um ostensório, a fim de que os adoradores possam contemplá-Lo e adorá-Lo. (Encontre alguns conselhos para viver esse tempo de adoração ao Santíssimo Sacramento).
Além desses momentos específicos de adoração, a presença de Jesus nas igrejas – simbolizada pela pequena luz vermelha ao lado do sacrário – permite que seja feito um momento de adoração sempre que tenhamos vontade.
Na festa do Corpus Christi, festejada 60 dias após a Páscoa, é celebrada a presença real de Jesus na eucaristia. Essa festa é a solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo.
O Santíssimo Sacramento é levado, fora da igreja, pelo padre e exposto em uma procissão pela cidade (ou bairro).
No princípio e fundamento de seus exercícios espirituais, Santo Inácio de Loyola escreveu: “O homem é criado para louvar, prestar reverência e servir a Deus nosso Senhor”. Louvor e adoração são, portanto, duas formas de render glórias a Deus. Pelo louvor, o homem reconhece a grandeza e a bondade de Deus, rendendo graças por aquilo que Deus é. Essas duas noções são muito próximas e precedentes de um mesmo elo de respeito, amor e gratidão do homem em relação a Deus.
Encontre, dentes as diversas comunidades de oração do Hozana, retiros e novenas que lhe auxiliarão a aprofundar sua intimidade com Deus, fazendo com que O renda graças, cada dia mais: