Clara de Castelbajac nasceu dia 26 de outubro de 1953 em Paris. Ela cresceu na região francesa chamada Gers, no seio de uma família muito cristã. Seus pais lhe deram uma educação religiosa sólida. Desde a infância, Clara enfrenta a enfermidade, aos 4 anos, uma toxicose aguda quase a matou, ela sentiu por muito tempo sequelas. Em seguida ela vivenciou uma sucessão de doenças: infecção intestinal, congestão pulmonar, difteria, etc. Estes problemas de saúde não tiraram sua alegria de viver. Desde que tinha idade de compreender, sua mãe lhe propunha oferecer suas dores a Jesus, de suportá-las pensando Nele. Desde a idade de oito anos, Clara expressa seu projeto de vida: ser santa.
Desde os 12 anos, Clara é pensionista em Toulouse no colégio interno das religiosas do Sagrado-Coração. Após seus estudos secundários e um ano universitário em Toulouse, ela foi a Roma em 1972 onde ela conseguiu o concurso de entrada no Instituto de Restauração. Na capital italiana, Clara faz experiência da liberdade e da independência e enfrenta tentações, especialmente contra a pureza, ele coloca-se a repetir esta invocação: « Ó Maria Imaculada, eu vos confio a pureza do meu coração. Sejais a guardiã para sempre ». Clara vai no entanto cair num mau caminho: o da vida artificial e desordenado. A reflexão de uma de suas amigas como também um fracasso nos seus estudos a leva a voltar no caminho reto, este tempo de frieza espiritual lhe serviu de purificação.
Clara deseja mais que tudo transmitir Deus aos outros pela sua alegria e bondade. Em 1974, ela realizou uma peregrinação na Terra Santa que muito lhe tocou e fez com que fizesse grandes passos em sua vida espiritual. Ela percebeu que a « a caridade cristã é de amar os outros porque Deus os ama ». Clara foi enviada por sua escola a Assis, para participar na restauração de quadros na basílica de São Francisco. Ela trabalhou no quadro de sua santa padroeira, Santa Clara de Assis, de São Martinho e do milagre da hóstia. Durante este período, a jovem residia junto às Beneditinas onde ela seguia os ofícios e mergulhou no recolhimento. Ele leu com grande interesse as obras de Charles de Foucauld. Tudo serviu para aproximá-la ainda mais de Deus. De fato, quando ela retorna a sua casa, Clara está transfigurada, ela resplandece de alegria e confiança: « Eu estou tão feliz que se eu morresse agora, eu acredito que iria diretamente ao céu, pois o céu é o louvor de Deus, e eu assim estou ».
Poucos dias depois ela iniciou uma meningoencefalite viral relâmpago que a levou. Dia 30 de dezembro de 1974, Clara efetua uma peregrinação a Lourdes onde parece que ela teve um colóquio invisível e secreto com a Virgem Maria. Dia 22 de janeiro de 1975 em Toulouse, Clara deixou este mundo para entrar na vida eterna.
Em 1990 abriu-se a investigação oficial para a sua beatificação. Dia 16 de fevereiro de 2008 esta foi encerrada a nível diocesano e o decreto de validade assinado em Roma em 2009, Clara foi declarada venerável. A igreja no entanto espera um milagre para que seja proclamada bem-aventurada.
Criança, Clara expressa a seu pai seu sonho de vida: « Vocês sabem o que eu quero ser mais tarde? Sim, eu adivinho. Você quer ser religiosa. Não é mais forte que isto. Então eu não adivinhei… Eu quero ser santa! é mais forte que ser religiosa não é? ».
Ainda adolescente, Clara se perguntava sobre o futuro, ela sonhava em ser missionária: « E no lugar de ir levar a Boa Nova aos seus pobres para que eles possam sofrer menos, nós permanecemos no nosso sofá, aquecidos, tranquilamente, [...] é inadmissível! Enquanto tantas pessoas nos esperam para conhecer o Cristo! ».
Clara vivia do amor de Deus e não cessava de querer testemunhá-lo e partilhá-lo: « Eu quero ser um louvor vivo. Eu quero ser inteira a Deus. Como saber o que ele espera de mim? ».
De volta da Terra Santa ela confiou: « Eu descubro o Amor de Deus, imenso, surpreendente e simples, eu me sinto preenchida da alegria divina ».
Toda a vida de Clara parece caracterizada pela alegria de viver e uma felicidade intensa. Ao longo de sua vida, suas palavras encontradas nas cartas, expressam esta alegria profunda que cresce à medida que sua alma se aproxima de Deus. « Eu sou feliz, mais que todo mundo! » , « Eu estou contente, contente, contente!» , «Eu sou muito feliz! Tenho felicidade demais, até transbordar. Querem que lhes dou? » , « Eu estou em plena plenitude de felicidade! ».
Alguns dias antes de sua última doença, Clara disse ainda a sua mãe: « Eu sou feliz! Eu amo tanto a vida! Vocês se dão conta do quanto sou feliz. O quanto Deus é bom! […] Já me sinto madura para grandes coisas mas não sei quais ».
Durante sua vida, Clara apenas passou uma ou duas vezes na abadia cisterciana de Boulaur (Gers). Foi a graça que ela deu desde o céu, a esta pequena abadia, que permitiu a abertura do processo de beatificação.
Em 1979, o Padre Abade Geral da Ordem cisterciana veio visitar a abadia de Boulaur. Ele tinha de decidir o futuro de sua comunidade que por falta de vocações arriscava em fechar. Sob o conselho de sua madre superior, o padre leu um livro sobre a vida de Clara de Castelbajac. Pela manhã, ele anuncia a sua superior que ele está convicto que Clara é santa, que ela pode ser canonizada, que lhe é preciso pedir um sinal para poder abrir um processo em vista de sua beatificação, este sinal será 5 vocações no ano. As irmãs obedeceram sem acreditar e as 5 vocações chegaram. A comunidade reencontra um novo sopro que não se desfez com o tempo. Foi a comunidade que foi confiada a postulação da Causa, e ainda mais, em 2004, o arcebispo de Auch pediu às irmãs para acolher o corpo de Clara em sua igreja.
O Deus de amor, Pai, Filho e Espírito Santo, nós te adoramos e nós te damos graça por nos ter dado, em Clara de Castelbajac, um modelo de vida cristã.
Tua graça lhe fez descobrir que nossa vocação à felicidade começa na terra.
Nós te pedimos, pela intercessão de nossa Mãe, a Virgem Maria, quem ela tanto amou, a glorificação na terra da tua serva Clara, a fim que o segredo de sua alegria enraizada no amor e na confiança,
ilumine nossos tempos, resplandeça sobre a juventude e suscite fervorosas e numerosas vocações de amor.
Acorda-nos também, pela intercessão, a graça que nós solicitamos de teu amor misericordioso. Amém.
Hozana propõe orações para juntos caminharmos com os santos: